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Acesso Negado

 

A implementação do estágio remunerado na nossa Ordem representa um dilema paradoxal que expõe as contradições de uma medida bem-intencionada.

Embora pretenda democratizar o acesso à profissão, a realidade mostra-se mais complexa, colocando em risco a renovação da Classe.

A Advocacia portuguesa enfrenta uma transformação estrutural. Como tenho defendido, a nossa profissão deve adaptar-se aos desafios contemporâneos mantendo a sua essência e garantindo acessibilidade a todos, independentemente da origem social.

A prática individual representa cerca de 80% da nossa classe, tornando grave o impacto financeiro das novas exigências. Os Advogados enfrentam custos operacionais significativos: renda, seguros, tecnologia e formação.

A matemática é implacável: dos 27.683 pedidos que a Ordem enviou para aceitar estagiários, apenas 42 responderam afirmativamente, demonstrando a desconexão entre a medida legislativa e a realidade.

A nossa missão é clara: defender uma Advocacia digna para quem a exerce e acessível para quem a pretende abraçar. Os números não mentem – é tempo de repensar o caminho.

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